domingo, 15 de novembro de 2009

COMENTÁRIO SOBRE O ARTIGO "OS FILÓSOFOS,OS TERAPEUTAS E A CURA"

O artigo “Os filósofos, os terapeutas e a cura”, cumpre a função de introdução do livro “Filósofos e terapeutas”, que é uma compilação de textos que abordam a reflexão de alguns filósofos sobre o mesmo tema, a saber: a cura e a terapia. O livro foi publicado pela editora Escuta em abril de 2007 e tem como organizador Daniel Omar Peres, também autor do referido artigo. Peres é licenciado em filosofia pela Universidade Nacional de Rosário (Argentina), mestre e doutor em filosofia pela Unicamp. Realiza pesquisas em Kant, e filosofias moderna e contemporânea. O texto aborda como tema central a questão da filosofia como uma possibilidade de terapia, através das reflexões sobre o ser e o alto-conhecimento. Isso é abordado fazendo uma comparação entre filósofos gregos como Antístenes até os contemporâneos como Foucault, em cujo pensamento faz-se notar a presença da referida temática. Com isso o autor quer mostrar a possibilidade terapêutica do pensamento filosófico e as contribuições dos estudos antropológicos desenvolvidos por filósofos de “toda a história da filosofia”. Na apresentação dos argumentos, o autor reporta-se aos gregos como, iniciadores da terapia. A contemplação era a prática utilizada como meio para o alcance da ataraxia, estado em que a alma goza de plena paz. Diante disso consideramos que a preocupação humana com o alívio de suas patologias tanto físicas quanto psíquicas perpassa os séculos. Cabe ressaltar que o homem é um ser que está sempre em busca de uma terapia para si mesmo. Desse modo, no decorrer de sua história, ele retorna constantemente à antiga expressão “conhece-te a ti mesmo”.

Astronomia

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

MEDICINA, FILÓSOFOS E TERAPEUTAS

No que diz respeito diz respeito às primeiras práticas de medicina e terapia por parte dos filósofos em tempos antigos, é de se notar que ainda hoje a luta deles é constantemente atualizada quando o assunto é a busca de remédio, ou cura para o corpo e a alma.
Esse assunto teve início com os gregos que, por meio do filosofar, do contemplar a natureza, buscavam atingir também um estado de paz para a alma. Para isso eles dedicavam bastante tempo para a prática de tal atividade. Ficavam várias vezes reiterando aquilo que inspiraram, pois, isso fazia a diferença a cada um. Buscavam a raiz do problema, pois, é de lá que vem a dor, o sofrimento e outras coisas que tiram a paz do espírito.
Muitos problemas existentes ainda hoje, já havia também naquela época, como por exemplo, a depressão e a angustia. Eram esses problemas que mais impedia a felicidade do homem. Foi justamente a isso que os filósofos, por meio da sabedoria, procuravam combater, com o objetivo de fazer o homem alcançar aquele estado em que a alma goza de plena paz. Desse modo, ser médico das almas, era incumbência exclusiva dos filósofos, ou seja, cuidar para que ela não ficasse doente, ou ainda, contribuir para que ficassem curadas aquelas que já estavam doentes. Eles não cuidavam somente da alma dos outros, mas da sua também e isso é que era para eles sabedoria. A sabedoria, portanto, nesse contexto faz referência a toda atividade que se pode praticar na busca pela saúde do corpo e da alma. Essas atividades dizem respeito principalmente à prática de exercícios físicos e espirituais que propiciavam uma recriação da vida cotidiana. A metodologia usada para o alcance desse objetivo (curar as enfermidades da alma e do corpo e dar paz aos homens) era diversa. Todas vinham de filósofos, como também de cristãos e judeus. Os pitagóricos, por exemplo, praticavam radicalmente a abstinência de comidas e bebidas, uma prática que para eles servia para medir a temperança do indivíduo. Para eles a matemática era útil à libertação da alma à medida que o pensamento era concebido como abstração. Era como se ele fosse uma espécie de terapia. Outro método utilizado vinha dos cínicos, com destaque para Antístenes e Diógenes. Esse método consistia em viver a vida fazendo o que fosse possível na hora em que se quisesse independentemente do lugar aonde se viesse a está. Deve se está isento de preocupações com o futuro para poder fornecer paz tanto a alma, quanto ao corpo. Hipócrates e Epicurio são outros dois grandes nomes desse período, em que se buscava resolver os problemas da alma e do corpo por meio da medicina (cujo pai é o próprio Hipócrates) e da terapia.

domingo, 8 de novembro de 2009

CONSIDERAÇÕES SOBRE A CRÍTICA DA RAZÃO PURA

Na crítica da razão pura, Kant mostra que o seu grande problema está voltado à questão do conhecimento, como ele se constitui e a partir de que. Essa obra (CRP) está estruturada da seguinte forma: divide-se em duas partes; a primeira intitula-se analítica transcendental, onde o autor responde à questão como são possíveis juízos sintéticos a priori na matemática. Na segunda, intitulada “dialética transcendental” ele responde à questão como são possíveis juízos sintéticos a priori na física. Essa segunda subdivide-se em outras duas. Em uma dessas subdivisões Kant, aprofundando a sua investigação sobre o conhecimento conclui pela impossibilidade de haver na metafísica juízos sintéticos a priori. Para fins de uma compreensão mais aperfeiçoada, convém, aqui, definir o que são juízos sintéticos: são aqueles em que o predicado acrescenta alguma coisa ao conceito do sujeito. Em Kant, os problemas da metafísica, são necessariamente problemas da razão. Esses problemas são, por exemplo, o mundo, Deus, a alma, etc. No real não existe nenhum objetos que corresponde a esses conceitos. Sendo assim, esses conceitos estão impossibilitados de uma experiência científica, e é justamente isso que faz com que inexistam juízos sintéticos a priori na metafísica, pois esses conceitos não têm como acrescentar algo no conhecimento do sujeito, uma vez que não possuem objetos. Ainda na CRP, em se tratando da lei moral, pautada no imperativo categórico, vemos que é ela que determina a vontade livre do sujeito. Agir virtuosamente, para Kant, é agir de acordo com o esse imperativo. Sendo assim, tal deve ser a nossa ação, uma vez que somos seres racionais e, portanto, jamais devemos agir pelas paixões. Em relação ao fenômeno e númeno, vemos a distinção que há entre ambos: o primeiro diz respeito àquilo que aparece, onde no ato de aparecer pode ser captados pelos sentidos, dando origem ao conhecimento a partir de bases empíricas. O segundo diz respeito àquilo que não podemos conhecer, visto que possuímos apenas intuições sensíveis. Mas o númeno não deixa que nos contentemos apenas com a experiência. Desse modo, ele só pode ser capitado a partir de um esforço da razão. Se o fenômeno é aquilo que aparece e se dá aos nossos sentidos, o númeno é aquilo que transcende tudo isso e se estende para além daquilo que aparece. Além da tentativa de resolução do impasse que há entre empirismo e racionalismo, Kant quer também traçar, na CRP os limites do conhecimento.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O FILME "A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO"

“A ultima tentação de cristo” é, sem dúvida, um dos filmes que mais causou controvérsias ao discurso da igreja ao longo de sua história milenar, sobre aquilo que seria os verdadeiros hábitos, modo de ser e identidade de cristo, o filho de Deus que desceu do céu para salvar a humanidade, conforme ela mesma (a igreja) prega e nós – por um ato de fé – acreditamos. O filme traz a tona algumas reflexões sobre as possibilidades das ações de cristo terem sido (em parte) determinadas pelas paixões. Portanto, trata-se de mostrar – no que a essa produção cinematográfica diz respeito – um cristo totalmente homem, que teria agido e se comportado como qualquer outro, logo, destituído de qualquer virtude divina. Por isso, não se descarta a possibilidade de (de acordo com o filme) Jesus ter tido relacionamento com mulheres. A ultima tentação de cristo (não se tratando do título do filme) seria, no entanto, a dele – reconhecendo-se plenamente humano, e, como tal, limitado – ousar abandonar toda a sua missão que seria a de morrer pelos homens para salvá-los de sues pecados. O filme chama a atenção para (no subentendido) a impossibilidade de Jesus suportar e carregar sobre si o “peso” da humanidade, uma vez concebido como homem e, portanto, marcado pela limitação. Ora, sendo essa a proposta do filme, fica óbvio que ele jamais seria aceito pela igreja, não sendo à toa na sua proibição pela mesma. E isso não somente pelo fato dele significar uma contradição à doutrina da igreja, mas também pelo fato de que coloca em estado de dúvida e, desse modo, em perigo toda a fé dos cristãos, pois, traz implícita a necessidade de repensar toda a vida de cristo, de onde provem o “credo” religioso.

Video: A ultima tentaçao de Cristo

Considerações sobre a palestra do mestrando Luciano - PUCPR

Abordando, em geral, o tema Kant, Luciano (mestrando em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná), em sua palestra proferida junto à turma do segundo ano do mesmo curso e da mesma instituição de ensino, tentou mostrar de forma sucinta o modo pelo qual, na filosofia kantiana, o “belo” pode ser considerado como símbolo da moralidade. A estrutura da pesquisa do autor está organizada da seguinte maneira: divide-se em três partes; na primeira, a preocupação do pesquisador volta-se ao entendimento da noção de “analogia” e “símbolo” em Kant. Para tal, faz-se necessária uma abordagem da Crítica da Razão Pura, onde se constata que as analogias, de fato, não passam de regras que determinam as relações entre os fenômenos num tempo, reduzindo-os assim à unidade necessária da percepção. Em Kant, fenômeno é a coisa tal como se nos aparece e, do qual, pode-se dizer que nunca está presente no objeto em si mesmo, mas sempre na relação do objeto com o sujeito (Cabe lembrar que o fenômeno é inseparável do objeto). Na verdade, trata-se, portanto, de uma forma pela qual se pode organizar o mundo, de acordo com o palestrante. Já o símbolo, por sua vez, trata-se de uma leitura que fazemos do belo ao sublime, onde encontramos elementos que nos modificam moralmente. Para que isso seja compreendido de forma menos complexa, convém aqui estabelecer a definição do que vem a ser o “belo” e o “sublime”. Belo em Kant é o representado como objeto de uma satisfação universal e sem conceito. É, portanto, aquilo que é reconhecido sem conceito como objeto de uma satisfação necessária. Já o sublime, por sua vez, é aquilo que demonstra uma faculdade do espírito que transcende toda a medida dos sentidos (cf. G. Pascal). Desse modo, pode-se dizer (nas entrelinhas) que símbolo é o ato pelo qual eu apresento à razão aquilo que, por ela mesma, me é dado. E isso que ela mesma me da é universal na medida em que é necessário, no entanto, sem conceito – nesse caso. Na segunda parte da pesquisa, o autor quer compreender como o belo se torna símbolo da moral e, por fim, na terceira parte, ele analisa como se da a relação entre moral e sublime. Abordando, em geral, o tema Kant, Luciano (mestrando em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná), em sua palestra proferida junto à turma do segundo ano do mesmo curso e da mesma instituição de ensino, tentou mostrar de forma sucinta o modo pelo qual, na filosofia kantiana, o “belo” pode ser considerado como símbolo da moralidade. A estrutura da pesquisa do autor está organizada da seguinte maneira: divide-se em três partes; na primeira, a preocupação do pesquisador volta-se ao entendimento da noção de “analogia” e “símbolo” em Kant. Para tal, faz-se necessária uma abordagem da Crítica da Razão Pura, onde se constata que as analogias, de fato, não passam de regras que determinam as relações entre os fenômenos num tempo, reduzindo-os assim à unidade necessária da percepção. Em Kant, fenômeno é a coisa tal como se nos aparece e, do qual, pode-se dizer que nunca está presente no objeto em si mesmo, mas sempre na relação do objeto com o sujeito (Cabe lembrar que o fenômeno é inseparável do objeto). Na verdade, trata-se, portanto, de uma forma pela qual se pode organizar o mundo, de acordo com o palestrante. Já o símbolo, por sua vez, trata-se de uma leitura que fazemos do belo ao sublime, onde encontramos elementos que nos modificam moralmente. Para que isso seja compreendido de forma menos complexa, convém aqui estabelecer a definição do que vem a ser o “belo” e o “sublime”. Belo em Kant é o representado como objeto de uma satisfação universal e sem conceito. É, portanto, aquilo que é reconhecido sem conceito como objeto de uma satisfação necessária. Já o sublime, por sua vez, é aquilo que demonstra uma faculdade do espírito que transcende toda a medida dos sentidos (cf. G. Pascal). Desse modo, pode-se dizer (nas entrelinhas) que símbolo é o ato pelo qual eu apresento à razão aquilo que, por ela mesma, me é dado. E isso que ela mesma me da é universal na medida em que é necessário, no entanto, sem conceito – nesse caso. Na segunda parte da pesquisa, o autor quer compreender como o belo se torna símbolo da moral e, por fim, na terceira parte, ele analisa como se da a relação entre "moral" e "sublime".

A AURORA DA FILOSOFIA NA GRÉCIA ANTIGA

A filosofia, como já é sabido, nasce na Grécia arcaica. Ela é, portanto, uma invenção dos gregos e resulta da superioridade deles em relação aos outros povos no que diz respeito ao uso da razão.
Ao se considerar a genialidade dos gregos, deve-se também levar em consideração outras condições relevantes, como por exemplo, as condições sócio-culturais, que tornaram possível o aparecimento da filosofia na Grécia. Inicialmente, a Grécia (que aqui convém chamar de Grécia pré-filosófica, isto é, antes da filosofia) caracterizava principalmente por ser uma sociedade aristocrática, agrícola e guerreira, cuja estrutura social era de uma coletividade dividida em duas classes: a nobreza e o povo. A primeira, que vivia despreocupada em tempo de paz, era a responsável pela condução do povo em tempo de guerra. A segunda dedicava-se exclusivamente à cultura e a criação de gado. Foi nessa sociedade, com essas características e estruturas, como já vimos, que surgiu a filosofia aproximadamente 2.550 anos atrás. Do ponto de vista da história, atribui-se a Tales de Mileto o privilégio de ter sido o primeiro filósofo da história, embora, não se conceba a ele a honra de ter sido o inventor do termo filosofia. Isso seria privilégio de Pitágoras que, em termos de cronologia, é posterior a Tales. Inicialmente, o problema da filosofia girava em torno da natureza. Daí a razão pela quais os primeiros filósofos “brigaram” acirradamente para estabelecer um principio único que fosse a origem, ou a casa de tudo. Cabe ressaltar que a maior disputa acontecida entre os primeiros filósofos se deu entre Heráclito e Parmênides. O primeiro defendia o devir, ou seja, a idéia de que tudo o que existe está em constante movimento. Já o segundo dizia que não existe movimento, porque o ser é uno e, portanto, não podendo ser dividido, fica impossibilitado de movimentar-se.
Para compreendermos melhor esse momento da filosofia em seu surgimento, é preciso notar que a própria filosofia antiga (grega) distingue-se em três grandes períodos: o primeiro deles se denomina pré-socrático, ou cosmológico que se inicia com Tales e termina com Sócrates. Esse período se chama pré-socrático não só por ter precedido Sócrates, mas também pelo fato de que nele veio a tona problemas que Sócrates não deu muita importância; O segundo período que denomina-se socrático é também chamado de antropológico. Nesse, que começa com Sócrates e termina com Aristóteles, as questões referentes à natureza "ficam de lado" para dar, assim, espaço aos problemas referentes ao homem e à moral e; por fim, o terceiro período chamado helenistico-romano, ou moral, que se inicial com as grandes correntes filosóficas tais como epicurismo, estoicismo, ceticismo, e neoplatonismo, e termina com o fim do império romano do ocidente.
De acordo com Aristóteles, a filosofia nasce da admiração da maravilha. Ela nasce quando contemplamos a totalidade de alguma coisa referente aos conceitos de homem, mundo e Deus. Vale lembrar que a filosofia mediante a utilização do método da justificação racional lógica, deseja oferecer uma explicação racional de tudo o que ela estuda. Na busca por tal êxito, ela se vale exclusivamente da razão, que é o seu instrumento primordial.
No que tange à mitologia, cabe ainda salientar que essa está na raiz da filosofia em se tratando dá sua gênesis, pois foi através de narrativas mitológicas que, inicialmente, os filósofos buscaram explicar os fenômenos que se sucediam no cosmo. Na cultura grega, os mitos classificavam-se em dois grupos: teogonia (que narrava o narrava o nascimento dos deuses) e; cosmogonia (que explicava de forma fantástica a origem do universo e dos fenômenos cósmico). Em síntese, o berço da filosofia grega foi a Jônia, localizada nas costas da Ásia menor (hoje, Turquia) com destaque às colônias de Mileto, Éfeso, Clazômena, Colofônia e Samos.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PEÇA "ANTÍGONA"

É impossível ler a história mitológica de Antígona (figura célebre da mitologia grega) instituída por Sófocles, sem que ao final se conceba a ela o mérito de ter sido – senão o maior – um dos maiores exemplos de amor fraterno, gratuidade e doação naquele contexto em que os gregos se valiam do mito para explicar os diversos fenômenos que se davam no mundo. A peça narra a história belíssima dessa corajosa jovem, Antígona, que não abandonou o pai Édipo quando esse foi expulso de Tebas Por seus dois filhos, Etéocles e Polinici. Também não hesitou em desobedecer ao decreto do rei Creonte que proibia a qualquer tebano enterrar o corpo de Polinici, um dos irmãos da jovem que morreu na batalha contra Tebas. Essa batalha foi articulada por Etéocles – também irmão de Antígona – que se uniu a Andrastos, rei de Argos. Antigona, por sua coragem desafiadora e pureza de intenção, acabou ofendo ao rei que ordenou que ela fosse enterrada viva. Cabe salientar que, se Por um lado, a ação de Antígona infringia a lei dos homens, por outro, ela honrava as leis dos deuses, pois, era essa ultima que deveria está sobreposta à primeira e não o contrário.
No episódio, por ocasião da sentença, Antígona recebe a solidariedade da sua irmã Ismênia, que se ofereceu a morrer por ela (ou junto dela). Aqui ela mostra novamente a sua retidão e sua grandeza ao recusar aquilo que seria o sacrifício da sua irmã. A tragédia contempla ainda a ação de Hémon, que era filho de Creonte. Hémon era noivo de Antígona. Ao saber da sentença da jovem, ele tenta salvá-la, para isso trava um disputado confronto verbal com o seu pai sobre esse assunto objetivando a reversão da pena. Não conseguindo livrá-la da morte, Hémon se suicida. Na seqüência, ao ser informada da sua morte, sua mãe Euridice também comete o mesmo. Antígona foi levada a uma caverna, onde ficou presa por algum tempo e depois se suicidou. Creonte passou o resto da sua vida carregando o peso da morte de Antígona, Hémon (seu filho) e Eurídice, sua esposa.

Considerações sobre o filme O Gladiador


O gladiador” é, sem dúvida nenhuma, uma das melhore e mais belas produções cinematográficas da contemporaneidade que relata de forma magnífica um pequeno fragmento da história do vasto império romano.
Durante o período em que sobreviveu o império, aproximadamente um quarto da população mundial vivia e morria sob as leis dos imperadores que passaram pelo comando do poder. Entre eles destaca-se Marco Aurélio. No tempo do governo desse imperador, Roma vivia um clima de tensão em vista dos vários confrontos a que teve com os bárbaros, que eram originários das tribos germânicas.
Um personagem relevante nesse contexto foi o general Máximo que comandava os exércitos romanos do norte. Máximo era muito querido por Marco Aurélio, de modo a Receber dele até mesmo um convite para ser seu sucessor no comando do império após a sua morte, todavia, Máximo não aceitou àquele convite que lhe fora feito. Essa atitude de Marco Aurélio deixou muito com muita ira o seu filho Cômodo, que aspirava loucamente ao poder.
Revoltado com Máximo, Comodo conspira conta ele e manda matar a sua esposa e o seu filho. Marco Aurélio não queria que Comodo governasse, pois não via nele nenhuma daquelas virtudes que o imperador deveria, de fato, ter, pelo contrário, via nele um homem ambicioso, já corrompido e sem moral. As virtudes eram: sabedoria, justiça, firmeza e temperança.
Após vencer os bárbaros e sofrer a conspiração, Máximo volta a Roma como gladiador em busca de vingança, até que, finalmente, consegue depois de vencer e matar Comodo num confronto ocorrido no coliseu de Roma.

Vídeo: O Gladiador

Vídeo: Kant e Religião

A RELIGIÃO EM KANT

Religare é um verbo de origem latina que significa ligar novamente. Tal é a etimologia do termo religião. Essa explicação encontra-se na literatura clássica e foi adotada pela patrística cristã (s. Agostinho) e pelos doutores da igreja da idade média (santo Tomás). Segundo essa explicação, religião quer dizer “prender o individuo a determinada fé e moral “ (Waldomiro O. Piazza. “Introdução à fenomenologia religiosa”). Em Kant, religião e moral não estão distante uma da outra, pelo contrário, estão bem próximas. No entanto, um ato falho do ser humano pode acaba por intentar a obstrução de tal proximidade. No decorrer de muitos séculos da história da humanidade no que diz respeito à nossa era, é possível notar como a religião e o próprio nome de Deus, além de muitos conceitos bíblicos foram muitas vezes usados por diversos seguimentos religiosos como justificativa para atos imorais. Do ponto de vista da subjetividade, Kant define a religião como sendo o conhecimento de todos os nossos deveres como mandamentos divinos (George pascal. “O pensamento de Kant”). Não se trata, portanto de conceber Deus como o escopo e o fundamento do dever, mas tão somente de reconhecer a necessidade que o produto do dever, ou seja, o efeito dele tem da ação de Deus para a sua realidade efetiva. Cabe lembrar que o dever só é mandamento de Deus, dada sua projeção ao bem supremo. Sendo Deus esse próprio bem, logo o dever se trata de uma articulação pela qual o homem se liga a Ele. É necessário lembrar que o dever pressupõe obediência, de modo que somente aquele que é obediente, é capaz de cumpri-lo efetivamente. O que fundamenta a moral é a prática da lei. Essa ultima, não está preocupada com a legalidade dos atos dos indivíduos, mas, antes, com a moralidade dos mesmos (os atos), pois, para a efetividade na execução das leis, basta que esses sejam morais. Em Kant, a única coisa que pode suspender a lei moral é a fé, aja vista que ela conduz a Deus que é – como já é sabido – o soberano bem.

Vídeo: Paixão de Cristo

Vídeo: O que é Filosofia Sócrates? Platão? e Aristóteles

Vídeo : Mafalda

A FILOSOFIA COMO CORAGEM DA VERDADE

Este vídeo da kosmos produções que aborda como tema “Filosofia como coragem com a verdade” quer apresentar de forma sucinta algumas considerações sobre a importância da ação que visa à saúde e a paz integral do ser humano em todas as suas dimensões. No entanto, convém ressaltar que isso só é possível dada certa disponibilidade da pessoa a um eventual cuidado dela para consigo mesma, como também para com os outros. Em se tratando do modo pelo qual se deu as primeiras práticas terapêuticas e medicinais em tempos antigos é de se notar que, a princípio, o exercício dessas funções era de incumbência total dos filósofos. Dentre esses pensadores, podem-se destacar Hipócrates (considerado o pai da medicina), os cínicos com ênfase em Diógenes e Antístenes (iniciadores do cinismo), além dos pitagóricos, que praticavam radicalmente a abstinência de comidas e bebidas, uma prática que lhes servia para medir o temperamento do individuo. Para os pitagóricos, o pensamento era concebido como abstração o que era útil a libertação da alma à medida que constituía uma espécie de terapia. Cabe ressaltar que a preocupação com o cuidado de si, não se limitou somente aos filósofos dos tempos antigos, mas se estendeu pela história chegando até aos de nossos dias (contemporâneo), como por exemplo, o francês Michel Foucault. O objetivo do cuidado de si era o alcance daquele estado em que tanto o corpo quanto a alma gozam de plena paz, ao que se convém chamar de ataraxia.

Vídeo: Filosofia como coragem da verdade

Vídeo: Psicanálise como experiência ética

GLOSSÁRIO DE PSICANÁLISE

Freud: Sigmund Freud, médico austríaco, fundador da Psicanálise, nascido em Pribor (antiga República Tcheca) a 06 de maio de 1856 e falecido em Londres no dia 23 de Setembro de 1939. Lakan: Jacques-Marie Émile Lacan, psicanalista francês, nasceu em Paris a 13 de abril de 1901, faleceu na mesma cidade em 9 de setembro de 1981. Percebendo que os freudianos haviam desviado-se do sentido das obras do fundador da Psicanálise, propõe então um retorno a Freud. É esse autor que o professor Daniel (de quem é tratado no vídeo) utiliza em suas pesquisas.  
Psicanálise: É a ciência do inconsciente. Ela busca a cura da pessoa através da análise de coisas que ficam retidas no inconsciente, ou seja, no campo que é como que imperceptível a olho nu, externa e conscientemente. No dizer do próprio Freud “é a profissão de pessoas que curam almas, que não necessitam ser médicos e que não devem ser sacerdotes”(...).  
Coisa: conceito cunhado por Lacan, é algo que a humanidade perdera desde sempre, continua a procurá-la, mas parece que não deverá encontrá-la senão com a morte.  
Desejo: é aquilo que fundamenta toda a possibilidade de se pensar a Psicanálise como uma experiência ética. Equivale, portanto, ao desejo do paciente de curar-se. Não é o psicanalista que induzirá o paciente à cura, mas é o próprio paciente que se reconhecerá necessitado da mesma.  
Ética: Segundo o Dicionário Aurélio, ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja em relação à determinada sociedade, seja de modo absoluto. Aqui, esse termo vai significar a relação possível entre o psicanalista e o paciente, em se tratando da questão da cura do mesmo paciente.

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